Transporte de carga viva: entenda a legislação brasileira
Recentemente o transporte de carga viva passou a ter novas regras na legislação. Isso porque grupos ambientalistas exigiram que criadores e empresas de alimentos adotassem boas práticas para garantir o bem-estar dos animais durante o trajeto. Conheça a legislação que está em vigência sobre o transporte de carga viva.
Principais normas para o transporte de carga viva
No último mês de junho, o Conselho Nacional de Trânsito divulgou um conjunto de novas regras relacionadas ao transporte de animais. As normas têm como objetivo evitar o sofrimento desnecessário do animal e diminuir a incidência de ferimentos. Entre as principais regras, destacam-se:
- O caminhão deve ser adaptado de uma forma que evite o sofrimento desnecessário e ferimentos ao animal durante o trajeto, minimizando a sua agitação;
- Adequar o automóvel para que o animal possa permanecer em pé durante o trajeto, com exceção das aves;
- Indicar de maneira visível na traseira do veículo um número de emergência;
- Permitir a circulação de ar em todo o interior do automóvel para garantir ventilação aos animais;
- Dispor de algum meio para visualizar de forma parcial ou total os animais;
- Possuir piso antiderrapante para evitar quedas dos animais transportados;
- Possibilitar meios do animal beber água durante o percurso;
- Possuir laterais e teto que protejam o animal contra fugas, queda e exposição para fora do veículo;
- Para o transporte em tipos de caminhões baú, o veículo precisa ter um sistema de controle de temperatura e ventilação;
- Os veículos também precisam contar com uma abertura para embarque e desembarque que tenha um mecanismo de travamento. Esse item garante a rápida retirada dos animais em situações de emergência;
- O veículo deve ser homologado pelo DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) e obter um CAT (Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito) específico.
O objetivo dessas novas normas é garantir um maior bem-estar para os animais, diminuir o estresse e a agitação que eles sentem durante o trajeto. Além de ser uma questão ética, o transporte de carga viva inadequado também afeta a lucratividade do setor agropecuários. Alguns estudos indicam que a ineficiência durante o percurso causa cerca de 20% de perdas.
Freadas bruscas, superlotação nos caminhões, condições inadequadas do veículos e exposição a um tempo ruim são situações que podem resultar em mortes dos animais ou machucados.
Por que monitorar o transporte de carga viva?
Um dos principais problemas enfrentados pelas empresas de transportes que atuam com carga viva é conseguir ter o controle total da situação dos animais. É comum que o gestor da frota só tenha o real conhecimento do que aconteceu no trajeto no momento da entrega.
Ao apostar em um sistema que tenha monitoramento do transporte, o gestor consegue assegurar a segurança da carga viva e estudar como é o comportamento do motorista durante o percurso. O controle também permite que a transportadora saiba de eventuais problemas (morte de algum animal, acidente ou roubo de carga) na hora em que ele acontece. Assim, a resolução do problema acontece de maneira muito mais rápida.
Conhecer a legislação de transporte de cargas vivas é essencial para garantir o sucesso da sua frota e fazem com que ela cumpra com as exigências da lei.
Fonte: https://www.gestran.com.br